cresceu

Boletim Trópis Novembro 2002

A você que vem nos apoiando ou acompanhando a nossa caminhada,
Trópis sente o dever de manter informad@ sobre suas vitórias, dificuldades e perspectivas.
Em 2002 cresceu muito a compreensão e reconhecimento de nossos esforços
de renovação educacional, cultural e ética, até em nível internacional.
Ao mesmo tempo, sofremos a mais brutal série de golpes de nossos quase 10 anos.
O balanço? Queremos que você participe dele – e da construção dos novos capítulos dessa história. Vamos lá?

IMPACTO INTERNACIONAL


De 23/10 a 02/11 a Trópis “mostrou serviço” no congresso Netzwerke für globales Lernen (Redes para o Aprender Global), realizado por 2 federações que representam mais de 150 ONGs, bem como pelas autoridades da Educação e da Cooperação Internacional dos Estados Niedersachsen Bremen, Alemanha.

prof. Ralf Rickli, fundador e coordenador da Trópis, juntamente como o Prof. Dr. Khalil Alio (Universidade de N’Djamena, Tchad), prof. Sibathathu Masiza Stuurman (diretor de escola em East London, África do Sul) e Prof. Dr. Karamba Diaby (senegalês, diretor do projeto IKaP/DAA em Halle, antiga Alemanha Oriental)…
… foram convidados a conhecer mais de 20 instituições e projetos em 7 cidades, avaliando-os “pela perspectiva dos povos do Sul” – tomando, além disso, parte ativa nos workshops e debates finais em Hannover.
O relatório do grupo, redigido pelo representante da Trópis, vem sendo divulgado na Alemanha com impacto supreendente – esboçando-se inclusive a aceitação, pelas instituições alemãs, de termos mais favoráveis aos parceiros do Sul nos acordos e parcerias (pela compreensão de razões históricas)Tudo indica que diversos frutos concretos desse encontro surgirão nos próximos meses, beneficiando não só a Trópis mas o Terceiro Setor brasileiro em geral.

MAIS PARTICIPAÇÃO TROPEIRA


Dizemos que a atividade central da Trópis é a preparação de jovens agentes de evolução social (mediante a Educação Convivial). E temos a satisfação de ver que “nossos” jovens (em formação e/ou co-responsáveis pela instituição) continuam se destacando nos Encontros, Cursos, Redes e atividades profissionais de que participam.

No momento destacamos a atuação de nosso Coordenador de Comunicação e de Artes Cênicas Gil Marçal como profissional no programa Bolsa Cultura da Prefeitura Municipal de S.Paulo; a do nosso membro-diretor Douglas Alcântara Alencar como aluno no curso Formação de Agentes de Direitos Humanos; e a do nosso Coordenador Administrativo e de Música Gunnar Vargas nas articulações Rede Social de Cultura – que está também inaugurando o serviço de E-Grupos não-comerciais oferecido pelo domínio tropis.org aos seus parceiros.
Quanto aos apoios e oportunidades de participação que temos recebido, queremos destacar no momento o intenso e ativo papel do coreógrafo e educador Ronaldo Silva, representante (entre outras funções) da organização daCi (Dance and the Child International).

GOLPES


Ao lado de tanta coisa positiva é preciso relatar que a Trópis chega em novembro de 2002 abalada por uma seqüência de golpes quase inacreditável (um em julho, os demais em setembro-outubro):

  • furto do nosso Uno 90, o “Ernesto”, encontrado e devolvido pela polícia com sal no motor (prejuízo na ordem de R$ 1.400). Apelo a amigos pela Internet cobriu ~30% do prejuízo;
  • arrombamento do Cyber-Café com a perda de 7 Pentium cedidos pela Rede Jovem / Comunitas (valor entre 10 e 20 mil reais), mais periféricos, peças e programas de propriedade da Trópis e de colaboradores na ordem de R$ 1.500. Apesar de ampla campanha, até agora não conseguimos equipamentos suficientes para reabrir o Cyber nos padrões de antes. Vale ainda observar que a perícia da Polícia até hoje não apareceu; a Ouvidoria da Polícia foi informada disso há várias semanas, também sem resultados;
  • furto da guitarra de Gunnar Vargas, usada pela banda Provisório Permanente (prejuízo mínimo de R$ 1.500);
  • furto de um telefone Vésper (acima de R$ 300);
  • desligamento do Projeto LA: colaboradores a quem havíamos entregue a Coordenação do Projeto LA (Liberdade Assistida)  manifestaram em setembro seu desinteresse em trabalhar dentro dos métodos e princípios de trabalho da Trópis. Como, por questões burocráticas, o convênio havia sido efetivado sob o nome de uma instituição parceira, esse grupo resolveu transformar a situação de jure em de facto… e levou o convênio embora. A Trópis, por um lado, se viu aliviada – pois esse projeto se enquadrava com dificuldade em nossos verdadeiros objetivos e linha de trabalho. Por outro lado, porém, perdeu 75% (setenta e cinco!) das receitas previstas até o fim do ano, bem como diversos e preciosos colaboradores que dependiam dessa verba para o sustento de suas famílias.
Junto com tudo isso, algumas propostas de apoio oferecidas sem verdadeira compreensão dos objetivos e sentido da Trópis “se desmancharam no ar” depois de haverem mobilizado esperanças e esforços, e antes de haverem gerado benefícios concretos.

O QUE RESTOU?


Terminamos outubro com a sensação de termos atravessado um furacão, e de só restarem escombros. Mas ao fazermos o levantamento do que restou, acabamos concluindo: restou tudo. A Trópis se reaproximou de si mesma, e tudo o que realmente importa para seus verdadeiros objetivos e princípios continua de pé.
  • 11 jovens e adultos, com 3 filho/as pequeno/as, são moradores fixos de 2 Repúblicas Trópis – uma em São Paulo, outra em Peruíbe -, as quais seguem sendo ponto de referência de algumas dezenas de jovens interessados em em melhorar a sociedade começando por si mesmos. Não se trata de “abrigos”, e sim de centros de cultivo, desenvolvimento e multiplicação da Educação Convivial – a contribuição ética e educacional da Trópis para a sociedade brasileira e mundial.
  • Célula-mãe da Trópis, prosseguem nossas Oficinas de Conhecimento & Artes – em Conhecimentos Gerais, Artes Plásticas, Teatro, Música – com lugar para novos colaboradores apaixonados por transmitir algum conhecimento. (VEJA MAIS ABAIXO)
  • Continuamos oferecendo atenção médica e biográfica semanal, e “counseling convivial” a quase todo momento!
  • Atividades regulares incluem dinâmicas de integração diárias, filmes e saraus semanais – estes últimos um importante espaço de compartilhamento de conquistas e riquezas interiores dos jovens.
  • Continuam à disposição dos jovens 2 ricas Bibliotecas/Fonotecas (em São Paulo e em Peruíbe).
  • O acesso à Internet de banda larga está reestabelecido para os freqüentadores mais próximos (em um micro), faltando apenas o cumprimento das ofertas de alguns parceiros para a reabertura pública do Cyber-Café, com mais 2 micros.
  • Preparamos para início em 2003 um bonito projeto de formação de agentes de Cidadania Ecológica (mais detalhes em breve!).
Em resumo: a Trópis continua atuando como uma rara “armadilha do bem”, quase-única, entre tantas “armadilhas do mal” espalhadas nos caminhos dos jovens das camadas majoritárias da população brasileira.
Talvez mais importante que essa atuação direta, porém, é o crescimento do papel da Trópis como ponto de articulação de redes (informais ou formais), e como semeadora de novas perspectivas éticas práticas na sociedade brasileira – agora com alguns passos também no exterior. Quem sabe do rumo das coisas entende a absoluta importância histórica desse papel (papel que não é exclusivo da Trópis, obviamente, mas no qual ela tem se feito notar pela originalidade das suas contribuições).

O QUE FALTA PARA FAZERMOS MAIS?


Apoio – decidido e confiável, da parte de quem gera ou tem recursos para apoiar.
Recursos existem – inclusive nas mãos de muitos que estão recebendo este boletim.
Nossa eficiência é superior à da maior parte das empresas… pois temos chegado a realizações significativas com recursos quase nulos – e nunca ficamos esperando condições, confortos ou luxos para começar a trabalhar.
Nossa confiabilidade também merece destaque: não poucas vezes falharam conosco, descumprindo ou mudando condições acordadas. Isso nos entristece… mas temos orgulho de saber que quem falhou não fomos nós!
O que fazemos parece pequeno porque nossos recursos até agora foram mínimos – mas sabemos o que estamos fazendo e temos certeza de que fazemos bem. Mais: temos certeza de que fazemos a coisa certa para fazer uma grande diferença neste país, uma vez seja implementada em escala maior.
Que tal mostrar que você também tem verdadeiro tino para o futuro e nos convidar para conversar a sério? Apresentem-nos recursos a sério e nós responderemos a sério com eficiência, confiabilidade e know-how.
 

HORIZONTES

Temos conosco diversas perspectivas bem nítidas que podemos realizar em prazo não muito longo, dependendo apenas de parceiros dispostos a jogar a sério.
Podemos adiantar que incluem o desenvolvimento de redes de intercâmbios transculturais internos e internacionais, bem como um eixo bipolar de atividades dentro da Região Metropolitana da Baixada Santista – região tão rica de possibilidades quanto de necessidades.
Mais detalhes? Quando sentarmos para conversar a sério.

OUTROS MODOS DE COLABORAR?

Sim!
1) Se você não está longe de São Paulo e/ou Baixada Santista e é APAIXONADO por algum campo de conhecimento, e também APAIXONADO por transmitir esse conhecimento de modo NÃO pedante ou especialístico, GOSTANDO do convívio com jovens… então FALE CONOSCO (rr@tropis.org). Se seus temas e visão-do-mundo forem compatíveis com nossos princípios (p.ex. construtivos e anti-excludentes) você pode vir a participar da expansão das nossas propostas educacionais. Obs.: entenda que é pra começar como voluntário, como todos nós começamos!
2) Pequenas ou médias doações mensais (ou semestrais, anuais etc.) também fazem grande diferença! Se você quer contribuir assim, é só dizer!
3) Precisamos também de voluntários comprometidos e confiáveis nas áreas de (a) captação de recursos e de (b) rotinas administrativas e contábeis. – Ah, isso ninguém faz como voluntário, não é mesmo? Mas é justamente DISSO que precisamos! Ser voluntário para você é espairecer, ou é doar o que está fazendo falta? 
(Sim, é verdade: somos estranhamente sinceros, também – embora sem perder um imenso respeito por todo ser humano, especialmente os mais frágeis. Percebemos que sem verdade não se constrói nada realmente aproveitável. Você também já percebeu? Então ótimo, vamos nos dar muito bem trabalhando juntos!).

 


QUEM RESPONDE PELA TRÓPIS ATUALMENTE

Para responder a qualquer ponto específico deste boletim, dirija-se por favor ao Coordenador Geral (Ralf Rickli) pelo e-mail rr@tropis.org ou fone (0xx13) 3453-1476.
Diretoria da ATDCS – Associação Trópis para o Desenvolvimento Cultural e Social:
  • Dr. Geraldo Gilberto Procópio do Castro Valle
  • Prof. Ralf Rickli
  • Sr. Douglas Alcântara Alencar
Equipe executiva:
  • Ralf Rickli, coordenação geral e pedagógica
  • Gil Marçal, coordenação de comunicação e de artes cênicas
  • Gunnar Vargas, coordenação administrativa e de música
  • Wesley Pereira Jaime (Peu da Gaita), coordenação de artes visuais
  • David Alves da Silva, coordenação de informática
  • Dr. Gilberto Valle, coordenação terapêutica
  • Free Nuspl, assessora de relações públicas
Obs.: Na Assembléia Geral de 18.10.2002 deixaram de ter cargos na Diretoria e/ou Equipe Executiva as seguintes pessoas (que permanecem como membros ordinários, porém não respondem nem assinam mais pela ATDCS):
Anabela Gonçalves, Francisca Marisa de Souza (que permanece no Conselho Consultivo),
Selma do Rosário Saraiva e Uberlando Alves Ferreira (Lando Alves).
Razão SocialATDCS – Associação Trópis para o Desenvolvimento Cultural e Social
CNPJ: 03.059.027/0001-48

Endereço postal: Caixa Postal 60.690  – São Paulo SP – Brasil – 05804-970
Endereço físico em São Paulo (visitaEXCLUSIVAMENTE com agendamento prévio!)
Rua Francisco Xavier de Abreu 427 – Jardim Monte Azul

Contas bancárias:
BRADESCO: ag. 2841-0  –  cc. 1591-1
Banco Real ag. 0961  –  cc. 0.003214-8

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