…um boletim

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Verdade, ainda somos pouco conhecidos.
Ativos desde 1993, temos nos dedicado muito mais a 
fazer que a divulgar.

Verdade, somos pequenos. Temos escolhido
fazer bem feito no lugar onde estamos: realizar um 
modelodepois expandir.

Verdade, somos quase informais: nosso foco é o CONTEÚDO.

Verdade: não somos modestos:
sabemos que temos conteúdo para 
fazer diferença no mundo.

Quem paga pra ver? Vale a pena? Apostamos nossas vidas que vale!

VENHA NOS CONHECER no sábado 02 de outubro!

…propostas…
Nossa missãoResumida de modo formal:
é missão da Trópis… lutar pela renovação educacional, cultural e ética da sociedade brasileira… e combater o desperdício de talentos praticado por essa sociedade… investindo nos jovens, sobretudo os economicamente prejudicados… cooperando para seu desenvolvimento integral (profissional, ético, cultural etc.) e na busca de soluções de profissionalização que não os afastem de explorar e desenvolver a plena extensão dos seus potenciais.
Os participantes das iniciativas aqui mencionadas vivem todos na periferia de São Paulo. Têm quase todos de 13 a 21 anos; alguns provêm da classe média, outros (a maioria) de favelas e cortiços. Não que os primeiros estejam aí para “ajudar” os outros: todos têm necessidades, e todos são ajudadores de todos. Estamos juntos, nos desafios comuns de uma humanidade incrivelmente diversificada, mas que é uma só.
A nossa OCAOCA é casa em tupi-guarani, como todo mundo sabe. Mas é também Oficina de Conhecimento & Artes, verdadeiro coração da Trópis.

Em seis anos, já se tratou de quase tudo na OCA, em aulas e encontros dos mais diversos formatos, esgueirando-se por entre as contingências da vida prática, no mais puro estilo da Educação Convivial.

Nos últimos tempos as exigências de trabalho com a institucionalização da Trópis ameaçaram esvaziar a OCA – mas reagimos! Estamos agora funcionando em dois grupos, e começando uma viagem multidisciplinar onde dezenas de temas e aspectos se articulam em torno de um “pensar o Brasil”, reforçado pela ocasião dos 500 anos.

Cultura X Trabalho?O Coordenador Pedagógico da Trópis, prof. Ralf Rickli, responde algumas perguntas freqüentes

Quase todos os trabalhos que a Trópis está mostrando são de natureza artística. Isso não afasta os jovens de um verdadeiro trabalho?

Existem pelo menos quatro respostas a essa questão!

Primeiro, as maiores dificuldades das pessoas com seus trabalhos profissionais não estão na parte técnica, especializada. Estão no saber trabalhar em geral: saber ter método, continuidade, planejamento, trabalhar em grupo… E na ética das relações com os colegas, os clientes, consigo mesmo e com o mundo.

Tudo isso nós treinamos na prática, em projetos artísticos ou não, que almejam uma qualidade profissional, não meramente escolar – sempre dentro de atividades que os jovens fazem por sua escolha, e com gosto, mas sem deixarem de ir à escola convencional, nem de se envolverem com outros trabalhos. E o que se vê é que seu desempenho melhora em tudo!

Segundo, escolher entre trabalho e arte, trabalho e cultura, é como escolher entre ficar acordado e dormir, ou entre comer e tomar água. Todo ser humano precisa dos dois! Por natureza, todos precisam da experiência da inspiração, do encantamento diante de uma grande idéia, de uma obra de arte ou de uma paisagem natural… Precisam de transcendência num prato da balança, para poder enfrentar a vida prática no outro. Negue-se isso, e temos uma receita segura, garantidíssima, para gerar toxicômanos, delinqüentes, alcoólatras, espancadores dentro do lar – em qualquer classe social!

Nunca haverá muros, nem cães, nem reforço policial, que consigam garantir a segurança da sociedade. Mesmo que não seja fácil, a direção em que a segurança está menos longe é essa, na ampla oportunidade de participação na herança cultural-espiritual da humanidade, que humaniza e dá sentido à existência.

Terceiro, é preciso lembrar que, de modo geral, o mercado de trabalho não está precisando de gente! Isso acontece em todo o mundo, e quem tem visão sabe que não vai mudar nas próximas décadas. O que fazer das pessoas? Algumas instituições insistem em ensinar ofícios que simplesmente não existem mais na prática. Ou, como diz Domenico de Masi, colocam um jovem o dia inteiro apertando botões de um elevador que não precisa de ascensorista. Quem disse que esse jovem é socialmente mais útil nesse elevador que compondo uma canção, ou aprendendo-ensinando sobre a vida numa cena de teatro?

Quarto, embora nossa intenção seja educar com arte para a vida e para o trabalho, se de repente no meio disso surge um verdadeiro talento artístico, é claro que não temos direito de desencorajar. A arte também existe como trabalho! Pelo mundo afora nossos profissionais de artes, especialmente de música e dança, são respeitados e disputados. Só nós ainda não damos o devido valor – nem cultural, nem econômico. Desconfio que está na hora de acordar, pois podemos estar sendo apenas míopes quando pensamos ser práticos!

Mas eles estão fazendo música popular, desenhando quadrinhos… Educar não seria, por exemplo, ensinar música clássica?

Na nossa Oficina de Conhecimento & Artes eles têm, sim, a oportunidade de conhecer de tudo – quadros de Da Vinci, sinfonias de Beethoven, idéias de Platão. Mas têm que ter a oportunidade de criar dentro das formas do seu próprio tempo, que, se as estudamos, também se mostram ricas, complexas e profundas. Muitos dizem que só o antigo tem valor como desculpa para sua ignorância do novo – mas um professor realmente ético não pode fazer isso!

Mas não seria mais importante atender as necessidades elementares, a fome de pão, saúde, alfabetização…

Somos colegas e solidários com quem trabalha em qualquer uma dessas frentes, todas importantíssimas – mas não suficientes! É horrivelmente cruel oferecer algo de bom a uma criança, e depois não dar continuidade na adolescência, deixá-la à própria sorte antes que esteja realmente preparada para assumir sua vida como adulto autônomo. Com isso colheremos mais revolta que se nunca houvéssemos oferecido nada!

Pouca gente quer se dedicar à tarefa com os adolescentes – e pouquíssima gente se dedica de modo apropriado! Nossa abordagem, a Educação Convivial, tem uma contribuição original e eficiente a multiplicar, nessa área tão carente. Teria cabimento fazer outra coisa?

Aliás, não se trata de um método privado! A Edu- cação Convivial está aí para todo mundo – embora tenha algumas definições bem precisas, pra não virar bobagem! Um pouco mais pode ser conhecido em nossos “livros de uma folha só” ou pelo link abaixo – e estamos sempre abertos a conversar a respeito. É só entrar em contato conosco!

UM LAR PARA A TRÓPIS – O desafio número um da Trópis hoje é espaço adequado, pois foi iniciada e está sediada até hoje em espaço cedido numa residência particular, o qual definitivamente não dá conta dos quase quarenta jovens atualmente envolvidos em diferentes atividades. Temos solução em vista – e projetos para captar os recursos necessários. Veja em nosso site (link abaixo) ou converse conosco para saber mais detalhes.

 

…notícias…
Gente da Trópis na imprensaConfessamos que estamos surpresos: de novembro de 98 até agora, jovens da Trópis apareceram, a convite,15 vezes na mídia. Amostras: em 23/08 tivemos Carla Lopes no Barraco MTV sobre desarmamento; em 02/08 Anabela Gonçalves no mesmo programa, discutindo se “dá pra resolver a miséria por decreto”.

Pelos mesmos dias, Anabela e todo o Grupo Submundo de Teatro estavam no Brava Gente Brasileira da TV Futura, que dias antes mostrou entrevista com David Alves e Gil Marçal no Encontro das Tribos (abril 99) em Porto Seguro. Em junho o Fala Brasil da TV Record mostrou o som de Paula da Paz e Gunnar Vargas, do Provisório Permanente, além do Submundo e de Alexandre Vaz e seu trabalho na Internet.

Além disso, em junho a moçada estava em texto e fotos na Revista Transamérica (18/99), em maio Gunnar, Gil e nosso antigo participante Sânio Gomes foram destaques na reportagem da Marketing Cultural sobre uma instituição parceira, e logo antes estávamos, várias vezes, no Folhateen da Folha de S.Paulo, na Turma da Cultura (TV)… Isso que temos trabalhado em silêncio!

Notícias do SubmundoO Grupo Submundo de Teatro, que teve visibilidade nacional na TV Futura de 7 a 12 de agosto, continua apresentando Esquina Brasil (uma peça de jovens em busca não se sabe de quê…) Merecem destaque as apresentações na FEBEM Tatuapé em fevereiro, na Semana Cultural do Hospital Emílio Ribas em junho, a na tradicional Mostra de Teatro Monte Azul em julho.

Enquanto isso, seu Núcleo II já vai aquecendo os motores e criando uma nova peça!

Afinal, a intenção do Submundo é ser uma escola: uma escola de vida através do teatro para todos os integrantes e espectadores, mas também uma porta para a arte como caminho profissional, para os que realmente se sentem chamados.

Quer saber mais sobre a proprosta? Gostaria de agendar apresentações do Submundo em teatros, escolas, instituições? Converse com Gil Marçal (diretor) ou com Anabela Gonçalves (assistente e RP) pelo fone/fax +11 5851-1158 – ou visite o site (link abaixo)

Esquina Brasil: Próxima apresentação sábado
11 de setembro, às 19 h, no teatro do
Centro Pastoral Santa Fé. Via Anhangüera km. 25,5

Provisório PermanenteDesde 97 fazendo experimentos com várias formações, tocando em eventos na Zona Sul de São Paulo e fora, em 99 a banda mostra sinais de ter encontrado a medida desejada de provisório e de permanente.

Embora sua média de idade mal passe dos 18, são músicos que já enfrentaram com seriedade bossa, jazz, MPB, hardcore, hard rock… E agora vêm devorando com atenção funk, hip-hop, gente como Lenine e os Chicos, do Buarque ao César e ao Science…

É bonito ver como as reflexões sobre o Brasil realizadas há anos na nossa OCA vêm encontrando expressão poética no trabalho do grupo em composições como Samba na Favela e Brasilês – que já parecem ter sido adotadas pelas platéias, como se pôde ver no recente show Antropofagia Urbana, no Centro Cultural Monte Azul (21 e 22 de agosto).

O Provisório Permanente conta com Paula da Paz na voz, Gunnar Vargas no violão, guitarra e voz, Léo Sousa no baixo e Mi de Lima na bateria.

Não perca: o Provisório está vendendo bônus
que dão direito ao 
CD em preparação,
mais 
dois shows (o primeiro em 28 de outubro)
coquetel de lançamento.
Veja pelo fone/fax 
+11 5851-1158
ou nosso e-mail abaixo.

Raizen GroupTrata-se do grupo mais jovem que se reúne na Trópis – e talvez o mais autônomo! Com a maioria dos membros entre 13 e 16 anos, se reúnem pelo interesse comum em mangá, estilo japonês de quadrinhos.

Talvez o mais notável no Raizen Group seja ser um laboratório de planejamento e organização. Estatuto, atas, assembléias, saídas em busca de subsídios técnicos e financeiros… tudo isso os jovens do Raizen Group vêm fazendo por iniciativa própria, antes que qualquer adulto tenha tido tempo de sugerir!

Pontuais e assíduos, lotam o escritório ou a cozinha (precisamos de espaço!!!) desenhando compenetradamente. Já saiu daí o site (link abaixo) e há um fanzine em adiantado estado de preparação.

Para lá de qualquer julgamento sobre o tema “mangá”, é fantástico acompanhar esses meninos aprendendo – e ensinando! – como trabalhar em conjunto.

…rápidas…
TROFÉUS – Jovens da Trópis foram convidados a participar do II Concurso de Poesia sobre o Migrante, região de Piraporinha, em 22.08.99. Os irmãos Anabela Gonçalves (do Submundo) e Alexandre Vaz (do Raizen Group) saíram com troféus de 2.º e 3.º lugares, Cíntia Nuspl com a medalha de 4.º!
CURSINHO – Está de novo em pauta um antigo sonho de jovens da região – um cursinho acessível e que não apenas prepare para o vestibular, mas ajude a compensar a defasagem cultural deixada pelo atual sistema de educação. Anteprojeto nesse sentido, já bastante elaborado, acaba de ser apresentado à Trópis pelo jovem Uberlando Alves. Definitivamente não é um desafio fácil, harmonizar o ritmo orgânico de uma verdadeira educação com as exigências anti-humanas do vestibular, porém a importância e seriedade da proposta faz com que esteja sendo estudada com carinho.
CRECHE – Embora seu foco principal sejam os adolescentes, a Trópis está estudando a proposta de assumir a responsabilidade por uma creche de porte considerável, já em funcionamento na Zona Sul. Caso aprovada, daremos detalhes no próximo boletim.
DANÇA & CORPO- Há poucos anos Cícero Mendes vivia no interior do Rio Grande do Norte, pesquisando as possibilidades do corpo humano de maneira totalmente autodidata. Hoje dança sob orientação de Takao Kusuno e já fez aulas com Kazuo Ohno, “papa” mundial do butô, além decontinuar pesquisando individualmente a raiz afro – e de pertencer à Diretoria da Associação Trópis.Tão logo a Trópis haja conquistado seu tão almejado espaço, Cícero começará a desenvolver aqui seus projetos, longamente acalentados, não apenas de dança mas de pesquisa do que venha a ser uma verdadeira educação física.
LEI ROUANET – Outro projeto da Trópis é a reedição do livro O dia em que Túlio descobriu a África, do prof. Ralf Rickli. Atualmente esgotado, o livro apresenta a quase desconhecida História das grandes civilizações da África através de uma viagem no tempo e no espaço do jovem brasileiro Túlio e seu amigo Idrissa. O projeto conta com os benefícios da Lei Rouanet, isto é: dá benefícios fiscais aos contribuintes. Conheça um pouco mais visitando o site do projeto (link abaixo) – ou solicite informações!
PUBLICAÇÕES – Publicar no Brasil não é fácil! Embora a Trópis pretenda desenvolver a área de editoração eletrônica em caráter profissionalizante, não dá para esperar: há textos que são necessários já! Por isso estamos colocando à disposição pequenas edições informais de nossos “livros de uma folha só”.Os primeiros abordam a Educação Convivial, dicas de formas de estudar, a importância do conhecimento histórico, a idéia da Trimembração Social… Além disso há cadernos com poemas, contos etc. de alunos e professores da Trópis, em preparação. Consulte-nos!

Cabe lembrar que um dos projetos mais queridos de nosso pessoal é a Revista ViEla – para jovens e feita por jovens –, no momento “no freezer”por necessidades estratégicas de alocação de forças. Mas enquanto a ViEla não vem, o Raizen Group prepara o lançamento do seu fanzine. Fique de olho!

INTERNET – Trópis tem seu próprio domínio (tropis.org), com vários sites no ar, próprios e de grupos amigos. A expansão só não tem sido mais rápida por limitações de recursos humanos. Agora é provável que além de Alexandre Vaz e do prof. Rickli também David Alves assuma esse setor. David, que é um dos fundadores do Submundo e freqüenta a Trópis desde 98, estudou em 99 também no Projeto Aprendiz. Com isso aumentaremos a oferta de serviços de Web Design, já à disposição.
Venha nos visitar no sábado 02 de outubro das 14 às 19 h!solicite programa detalhado

Trópis iniciativas sócio-culturais é um conjunto administrado pela
Associação Trópis para o Desenvolvimento Cultural e Social

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