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Antropofagia urbana. Os músicos do Provisório Permanente devoram todos os sons – e nos cantos mais imprevisíveis tocam samba… e hip-hop; bossa; funk-jazz, reggae & os 10 mil rocks & as 100 mil MPBs.
Ouvem e tocam e vão buscando a sua síntese – que nunca está pronta, nunca se fixa. É provisória porque quer, porque tem que ser. Permanentemente.

Pós-moderno? Quem sabe – mas sem aquele clichê de leveza irônica e decadente que já aprisionou esse rótulo libertador. Pós-moderno do pós-moderno. O Provisório Permanente se dá o direito de levar coisas a sério. Respeita as grandes matrizes de que se constrói: a MPB de ponta de todas as décadas, o rock, o jazz – mas sem museu.

No ar desde 97, o Provisório Permanente foi crescendo com formações provisórias em apresentações em points da Zona Sul de Sampa. Pouco a pouco a forma provisória atual foi ganhando permanência pelo vigor na criação de composições próprias tanto quanto nas releituras do melhor da música nacional. Permanentemente provisórias. Por opção.

O Provisório Permanente vem colaborando ainda com o Grupo Submundo de Teatro, tendo feito a música da peça Esquina Brasil. Sabem o quanto as vozes até hoje periféricas têm a dizer, e a diferença que sua verdade pode fazer no cenário nacional. Uma diferença que já começaram a fazer.

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