Finalmente “entregamos”:

 

As Regras de Comunicação da Trópis – que fazem que membros tão jovens, de uma organização tão pequena, possam ter tanto impacto nos eventos de que participam!

 

.:: AS REGRAS DE COMUNICAÇÃO DA TRÓPIS ::.
>>> versão 3 – outubro de 2004 <<<

Regra 1

Toda vez que existe desacordo ou conflito, as duas partes têm suas razões; toda! Em 0% dos conflitos a razão está 100% de um lado, pode assumir como lei… Mas na hora da cabeça quente um não quer e não vai entender as razões do outro. Portanto: não importa se você tem razão, não vale brigar porque é energia perdida. Marque outra hora, e converse aí com toda a calma de que você é capaz; se achar que não é capaz de muita, convide uma terceira pessoa que o outro também aceite. Aí  pode ser que o outro entenda. Parece pouco? Na briga é garantido que não vai entender!

Regra 2
  • Todos têm o direito de apresentar sugestão, crítica ou reclamação a qualquer outro, desde que antes peçam licença ao outro com educação e calma – e todos têm o dever de ouvir as sugestões, críticas ou reclamações do outro (que dizem respeito a si).
  • Em compensação, todos têm o direito de pedir para ouvir a sugestão, crítica ou reclamação em outra hora – e todos têm o dever de aceitar esse pedido de adiamento. Ou seja: quando uma pessoa diz: “por favor, agora não!”, o outro tem a obrigação de parar e deixar para depois.
  • Nova compensação: a pessoa que pediu o adiamento da conversa tem por sua vez a obrigação de oferecer outra hora ou oportunidade para ouvir as críticas, logo nos dias seguintes.
  • Evite ao máximo responder as críticas na mesma hora, e não reaja contra os pedidos de adiamento. Por mais razão que você tenha, faça todo esforço de deixar pelo menos para o dia seguinte, tentando entender as razões de quem criticou você. Lembre-se de como são longos os grandes jogos de xadrez!
Regra 3

Não bobeie: quem levanta a voz, grita ou dirige palavrões e outras palavras agressivas ao outro… perde o direito de ser ouvido!

Regra 4

Se há problemas que têm a ver com todos, ou foram causados por pessoas desconheci­das, em vez de partir para bilhetinhos nas paredes, gritos em corredores e coisas assim, cabe levar os problemas em reunião, ou em caso de urgência conversar com um coorde­nador ou responsável de área – função que não pode ser dada a ninguém de ação precipitada… nem que tenha como recursos principais o “deixa disso” e o “não se fala mais nisso”!

(Se você precisa desabafar, procure alguém com quem possa conversar a sério e de modo discreto – além de, quem sabe, recorrer a um saco de pancadas apropriado em casa ou na academia… Mas se sobrar algum sentimento, não deixe a coisa ficar “pelas costas”: volte à pessoa do conflito ou leve em reunião… depois, com calma!)

Regra 5
  • Um sempre deve esperar o outro concluir sua fala para aí começar a falar! Que duas vozes nunca soem ao mesmo tempo deve ser regra de ouro – e deixar pelo menos 3 segundos de silêncio entre uma fala e outra é ainda mais refinado e eficiente!

  • Todos devem se lembrar, porém, que falar muito tempo sem parar e sem dar chance aos outros é falta de educação até se for da parte de um rei! Atenção portanto ao balanço entre o falar e ouvir – e sem cair na justa distribuição “50% eu, 50% os outros dez…” (Mas repare que situações de ensino ou treinamento podem e devem ter um balanço um pouco diferente!)
  • Em reuniões e aulas, o coordenador pode e deve cassar a palavra, até mesmo interrompendo se não houver outro jeito, de quem falar de coisas que não sejam o assunto em pauta ou insistir com assuntos que o grupo já pediu para adiar.
  • Grupos devem evitar descartar qualquer assunto antes de ouvir, e tanto quanto possível dar ao “dono do assunto” pelo menos duas oportunidades de defender sua posição. (Se ainda não convenceu, melhor desistir de vez… ou deixar para apresentar bem mais tarde e com bem mais preparo!)
Regra 6

Para não esquecer a regra que praticamente presidiu (e permitiu) o nascimento da Trópis…

Respeite sua própria palavra: se não tem certeza de que estará disposto a todos os esforços para cumprir o que disse, então nem diga! Palavra sem valor, sociedade sem futuro.

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