Núcleo de Idéias Trópis Núcleo de Estudos

Sofia Convivial (coruja)

encontros de estudo & debate

Sábado 10 de junho: 3.º encontro de 2006

Tema:  Refinando o “Proibido Proibir”, ou: Para uma Revolução Ética viável, ou:
 Exercícios sobre as possibilidades do Princípio do Convívio Universal

Hora:   casa aberta às 18:30
bloco I: das 19 às 20:30 (favor não entrar nem sair no meio)
bloco II: aprox. das 20:45 às 22 h (mais informal… mas só para quem participou do bloco I)

Local:  Trópis no Monte • próximo ao Terminal João Dias, Zona Sul de São Paulo
se você não conhece, entre em contato até as 14 h de sábado
pelo celular 11 8552-4506 (Ralf)

Esclarecimentos sobre o tema:

  • acima estão 3 títulos possíveispara o mesmo tema(e não 3 temas diferentes)
  • o Bloco II deve consistir de conversa sobre temas escolhidos pelo consenso dos participantes
    utilizando conceitos do Bloco I. Já existe proposta de conversar sobremaio de 2006 em São Paulo
    (= poder do crime organizado, abuso ou não da violência oficial etc.)
    mas a decisão final sobre o tema será tomada na hora
  • o encontro vai render mais se todos tiverem lidocom alguns dias de antecedênciaos
    7 pontos para enfronhamento prévio no endereço a seguir. Obs.: lá se encontra também
    o 1.º capítulo  (10 páginas) de “Bendito Eixo no Bendito Caos”. A leitura é opcional, mas deixa mais claro
    do que se trata nisto tudo! Para ver na tela:  www.tropis.org/biblioteca/eixo-no-caos-1.html
    Para download em formato DOC/zip: www.tropis.org/biblioteca/eixo-no-caos-1.zip

Carta
Trópis: existe isso?

A Letter
Tropis: does that exist?

Este não é o Brasil.
Nenhum Brasil existe.
E acaso existirão os brasileiros?

Carlos Drummond de Andrade
Hino Nacional

This Brazil is not Brazil.
No Brazil exists.
Will the Brazilians perhaps exist?

Carlos Drummond de Andrade
“National Hymn”

Não é uma pergunta publicitária ou demagógica: ao que parece, seres humanos só acreditam mesmo na existência do que conseguem classificar. 

Com isso, não podemos estranhar que as pessoas hesitem em nos apoiar ou em juntar forças – 

… pois mesmo nós, que há anos temos dedicado o principal das nossas forças a isto, no fundo temos dificuldade de explicar o que isto é.

Existe? Não é uma fraude – mais uma? Ou uma afirmação delirante, como já vimos tantas, de pessoas que acreditam mesmo que o que está só nas suas cabeças existe no mundo-de-todos?

This is not an advertising or demagogical question: it seems that human beings only believe in the existence of that they can classify.

With that, we cannot wonder why people hesitate to give us support or to join forces with us –

… since we ourselves, who have been giving the main part of our forces to this, for years, have it difficult to explain what this is.

Does it exist? Isn’t it a fraud – another one? Or a delirious statement, as we have seen so many, from people who do believe that things that exist only in their heads do exist in everybody’s world?

No fim de 2005 fechou-se um ciclo. Um grupo que tinha um desenvolvimento contínuo desde 1995 aparentemente se dispersou, cada um tangido por motivos pessoais diferentes e inexoráveis. Me vi só… com 2 vira-latas, 3 gatas e 4 mil livros no meio de um brejo em Praia Grande. 

Situação em que não é difícil se perguntar: – Como eu vim parar aqui? Existe Trópis, ou foi delírio meu?

At the end of 2006 a cycle was closed. Suddenly, a group that had been going through a continuous development since 1995 was seemingly dispersed, every person led by different and inexorable personal motives. I found myself alone… with 2 street dogs, 3 cats and 4 thousand books in the middle of a swamp in Praia Grande. 

A situation in which it is not difficult to start wondering: – How did I get here? Is there a Tropis, or did I go through some kind of delirium?

Este teto e estas paredes simples mas verdadeiramente encantadoras, que eu vi surgir de um barracão caindo aos pedaços só pelo braço dos meninos e meninas da nossa comunidade, têm sido bem reais ao me abrigar neste maio incomumente gelado! Mesmo assim…

… achei por bem revirar os arquivos em busca de provas da existência de uma certa Trópis. E com o que encontrei…

… de repente pensei: se nem eu, que tenho vivido a coisa, estou acreditando direito que isto tudo aconteceu, imagine os outros! Desses 11 anos de experiência (ou 14, ou mais) restará apenas a mexida na estrutura de quem participou – o que é ótimo, mas é colher pouco de tanto investimento de vidas. Péssima relação custo-benefício!

This roof and these rough yet veritably charming walls, which I have seen coming out of an old shabby shed by the hands and arms of our community’s guys and girls alone, they are being quite real as to give me shelter in this unusually chilly month of May! Anyhow… 

… I felt like rummaging in all drawers for proofs of the existence of a certain Tropis. And from what I found out…

… I came to the thought: if not even I myself, who have been living all that through, have now for sure that all this really happened, what to say about who was not there? Nothing will rest of these 11 years’ experience (or 14, or more) but a difference in the inner structures of who was there. That is nice, yet is harvesting too little from so much lives investment. A pretty bad cost-benefit relationship.

Mas a internet está aí, um meio de publicar coisas  como nunca existiu antes. (Que pouca gente leia de fato, isso sempre foi assim). Então veio a decisão de pegar uma pequena amostra dessa documentação toda, dar uma ajeitada básica artesanal como é nossa cara, e deixar à disposição na vitrine-do-mundo. 

E aqui estão: as 5 páginas de Foto-História, a nova página inicialquem e o que somos, esta Trópis Hoje, arquivo de web pages antigas, quê mais? – tudo com links na página inicial www.tropis.org/index2.html

Estivemos sempre na internet desde 1997, mas nunca assim.

But now there is the internet, a way of publishing things as it has never existed before. (That few people read from it in fact, that has been like that in all times). So I came to the decision to take some few samples of all our documental materials and to arrange that in a handicrafts-like way – which also tells about us and our ways. 

So here you are: the 5 Photo-History pages, the new home pagewho and what we are, this Tropis Today page, an old web pages documental archive, what more? – all accessed through
the links in rhe (English) home page www.tropis.org/ind-en.html 

We have been always present in the internet since 1997, but never like that.

Senhores, agora é com vocês. Convido-os a tomarem abusadamente do tempo que a vida moderna não quer nos conceder, e passearem sossegadamente por entre as páginas – e a depois terem a bondade de nos falarem de suas impressões.

Pois embora nenhum dos envolvidos sinta que o que chamamos de Trópis tenha acabado, e sim que esteja mudando de forma mais uma vez, aquele sentimento estranho persiste: – A Trópis existe? Pode existir, se não se encaixa em nenhuma das gavetas classificatórias previamente existentes, em que se pensa que as coisas já nascem encaixadas?

Tudo o que você puder nos dizer contribuirá para nossa luta com essas e outras questões… ajudando “esta coisa aqui” a (existente ou não…) continuar sendo útil. E a tornar-se mais.

And now, gentlemen, it is up to you.
I invite you to shamelessly take the time modern life wants to deny us and have a calm walk among web pages – and to most kindly talk to us about your impressions.

For, even though none of the involved people feels that what we call Tropis is over – but only that its form is changing once again -, that strange feeling remains: – Does Tropis exist? Can it possibly exist, when it does not fit any of the previously existing classifying drawers to which everything should supposedly belong in order to plainly exist? 

Everything you can say will help us in our struggle with these and other matters… contributing to “this thing here” (existing or not…) going on being helpful. And to become more

Crédito por elementos gráficos

Nessa revirada geral de arquivos, encontramos em nossos HDs ótimos estudos iniciados anos atrás pelo ‘tropeiro’ David Alves (e se não me engano também por Alexandre Vaz) para a renovação visual dos nossos sites – infelizmente todos incompletos. Ainda assim, estamos aproveitando um bocado desse material nesta reforma!

Credit for graphic elements

In this general rummaging, we found in our HDs some quite studies undertaken years ago by David Alves (and also Alexandre Vaz, I belive) aiming at our sites’ visual renewal – unfortunately all of them left incomplete. Anyway, we are being able to make use of quite a lot of such materials in the present reform!

Pausas para desenvolvimento pessoal

A chave para o que está acontecendo com a Trópis em 2006 é: o necessário equilíbrio entre investimento em projetos coletivos e investimento em sua própria pessoa. 

Quer voluntariamente, quer forçados pelas circunstâncias, todos os membros de equipe da Trópis, sem exceção, foram levados a situações mais adequadas para investir em estudos e em outras experiências de desenvolvimento das capacidades profissionais e da autonomia pessoal. Nada mais dentro do espírito da Trópis!

Ademais, qualquer dessas pessoas que volte a trabalhar dentro da organização trará benefícios a ela por ter feito essa pausa estratégica.

É claro que toda realidade se move constantemente em todas as direções – então é natural que muitas dessas pessoas não voltem à atuação interna, e as que voltarem encontrarão outra Trópis; mas nada disso desdiz a idéia geral (por quê não, não cabe aqui explicar…)

Um caso particular disso é o meu, Ralf Rickli – 22 anos mais velho que o mais velho dos demais tropeiros ativos: também eu me afastei do centro das atividades desde 2005 visando a longamente adiada conclusão do meu curso de Pedagogia na USP – Universidade de São Paulo. Porém no segundo semestre de 2006 resta apenas uma disciplina a cumprir, e devo ao mesmo tempo apresentar um projeto de pesquisa para pós-graduação que se realizará através de atividades da Trópis.

Estamos no outono. Como se vê, também neste campo novidades virão, apropriadamente, na primavera!

Sobre a pausa no Projeto OCA MUNDI, clique AQUI 

Foto: ‘tropeiros’ se encontrando
na saída da faculdade, em 2005.

Pauses for personal development

The key to what is happening with Tropis in 2006 is: the necessary balance between investing in collective projects and investing in oneself.

Either willingly or forced by circumstances, all Tropis crew members, with no exceptions, moved on to situations better to invest in studies and other experiences towards a development of professional capacities and personal autonomy – what is in absolute accordance with the Tropis spirit.

Besides, any of these person who comes back to work in the organization will bring benefits to it for having made this strategic pause.

Of course reality moves the whole time in all directions – so it is natural that several of them do not come back to Tropis inside activities, and the ones who do come back will obviously find a different Tropis; still this does not invalidate the general idea is valid.

I am myself, Ralf Rickli, a special case of that – 22 years older than the second older of the active ‘tropers’: in a certain measure, I have also been away from the Tropis activities since early 2005, aiming at my own long postponed graduation in Education at Sao Paulo University (USP). However, there is only one discipline left for the 2nd half of 2006 – when I also intend to propose a post-grade investigation project that would de developed through Tropis activities.  

It is Autumn in the Southern Hemisphere. One can see, also in this field new things are going to sprout in Spring, most adequately!

Nova Casa Trópis em São Paulo

Depois de 3 anos, a Trópis volta a ter uma base na cidade e no bairro onde nasceu: Paula da Paz, Alisson Alves e Peu Pereira acabam de alugar uma casa no Jardim Monte Azul – de novo com a vista panorâmica tão característica desse bairro, e ainda melhor que a das casas anteriores.

Também Gil Marçal, Ana Estrella Vargas, Cícero Mendes e Carlinhos dos Santos estão envolvidos de algum modo no projeto.

Não é espaço para a Trópis inteira, mas é suficiente para algumas atividades além da moradia comunitária – tanto que está sendo inaugurada com um velho e bom sarau tropeiro…

O convite que abre esta página (produzido por Ana Estrella originalmente em pps) sintetiza vários elementos “no ar” neste momento: 

• o Dom Quixote de João Bonetti (ver abaixo)

• o fundo usado na nova página inicial, criado a partir da parede de garrafas da casa de Praia Grande 

• a foto do escadão que fica aos pés da nova casa (pintado pelo povo da rua para a Copa do Mundo de 98!), símbolo da Trópis em 1998-99;

• a língua espanhola – referência tanto à viagem de Gunnar e Potyra para a Espanha em 15.05

  quanto às aulas de espanhol ministradas por ela mesma, Ana Estrella, desde que voltou da Venezuela há precisamente um ano –

contato: 
estrellavargas@hotmail.com

Enfim: uma casa que com certeza ainda dará origem a muitas notícias!

clique na foto da vista para vê-la em tamanho maior

A new Tropis House in Sao Paulo

After 3 years, Tropis has again a basis in the city and neighbourhood where it came to light: Paula da Paz, Alisson Alves, and Peu Pereira have just rented a house at Jardim Monte Azul, (southern Sao Paulo) – once again again with the splendid panoramic view so characteristic of that city quarter.

Also Gil Marçal, Ana Estrella Vargas, Cicero Mendes and Carlinhos dos Santos are somehow involved in the project.

It is surely not space enough “for a whole Tropis”, but it is enough for some activities besides the bare communal living: characteristically, it was inaugurated with an old good Tropis “sarau”, or informal arts evening.

The invitation that opens this page (produced by Ana Estrella originally in pps format) sumarizes several elements that are “on” in the moment:

• Joao Bonetti’s Don Quijote (see further on)

• our new home page’s background pattern, created with photographs of the bottle wall at our Praia Grande house

• a picture that was kind of a Tropis symbol in 1998-99, showing the stairs just underneath the new house;

• the Spanish language – a reference both to Gunnar and Potyra’s trip to Spain on 12 May

  and to the Spanish classes that she herself gives since she came back from Venezuela one year ago  –   contact:
estrellavargas@hotmail.com

Here is a house that will surely be spoken of!

click on the view’s picture to see it in a larger size

CD-Demo e Gunnar em Sevilha

A nova casa já rendeu seu primeiro fruto: foi seu espaço que permitiu a Gunnar Vargas produzir o longamente esperado CD-Demo do Provisório Permanente com 8 músicas inéditas.

Participaram do CD:
Gunnar Vargas – voz, violão, composição e letras
Paula da Paz – voz
Marco Prado – guitarra
Peu Pereira – gaita de boca
Rafa e  – baixo
Mi de Lima – bateria
Pitu Leal – percussão

Interessados no CD, contatar Gil Marçal gil@tropis.org

Gunnar terminou de gravar e embarcou com a filhota Potyra para Sevilha – para uma temporada de assuntos familiares, crescimento pessoal e investigação de possibilidades profissionais.
Mais informações em breve, esperamos!


A foto é de outro estúdio!
A casa não é TÃO quente assim!

Gunnar Vargas: Demo-CD and Seville

The new house has already yielded its first fruit: its space finally allowed Gunnar Vargas to produce a long-waited Demo-CD for the Provisorio Permanente band, with 8 inedit songs (the name means ‘permanently provisional’).

Musicians in the CD:
voice, guitar, music and lyrics: Gunnar Vargas
voice: Paula da Paz
electric guitar: Marco Prado
harmonica: Peu Pereira
bass: Rafa and 
drums: Mi de Lima
percussion: Pitu Leal

For the CD, contact Gil Marçal
 
gil@tropis.org

Gunnar finished recording and left for Seville
 with his and Paula’s daughter Potyra: a time for family matters, but also for personal growth and checking professional possibilities.
More news soon, we hope!

The picture was taken in another studio!
The house is nice but not THAT good!…

Artista residente

No fim dos anos 80 o pintor João ou Juan Bonetti dividiu casa com Ralf Rickli em Botucatu, numa espécie de Pré-Trópis (ver Foto-História 0).

Depois de 14 anos na cidade de Avaré, Joao reapareceu e tem passado períodos na Trópis Praia Grande – onde, para variar, não pára de pintar!

O trabalho de João tem uma dimensão além da pintura: é um exemplo da capacidade humana de superação. Desde criança João sofre de um forte tremor de tipo Parkinson, que dificulta muitas atividades cotidianas – porém não o impediu de pintar. 

Em acréscimo, há poucos anos um acidente lhe roubou um dos olhos – e mesmo a visão restante é dificultada pelas complicações neurológicas. Mas João não pára de pintar…

Há poucos dias Gunnar Vargas fez o que João precisava há muito tempo: colocou um site seu na net.

A representação de trabalhos é bastante incompleta, pois boa parte do que João produziu está dispersa pelo mundo (Brasil e Europa), sem cópia. Mesmo assim, merece ser visto! O endereço é http://jbonetti.tropis.org

Resident artist

In the late 80’s, the painter Joao or Juan Bonetti used to share a house with Ralf Rickli in Botucatu, in what was a kind of a Pre-Tropis (see Photo-History 0).

After spending 14 years in another Sao Paulo State city (Avare’), Joao popped up again, and now spends part of his time at the Praia Grande Tropis House – painting.

Joao’s work goes actually beyond painting: it is an example of the human power to overcome. Since he was a child, Joao has Parkinson-like troubles which make him difficult to perform many a daily-life task – but has not prevented him to invent ways to paint.

Not enough, few years ago an accident has stolen him no less than an eye – and the remaining vision is also troubled by the neurological complications
– but Joao goes on painting.

Some days ago, Gunnar Vargas made something Joao deserved since long: created a web site for him.

The site is far from complete, as a considerable part of Joao’s work is dispersed in Brazil and in Europe without any documents of it. However, the site is no doubt worth seeing. It is at http://jbonetti.tropis.org

Trópis universitária
Núcleo de Estudos

Na Foto-História de 2005 fizemos referência ao ‘assalto tropeiro’ às universidades: de repente percebemos que havia 6 dos nossos distribuídos entre Economia, Ciências Sociais, Filosofia, Geografia e Pedagogia.

Em 2006 isso prosseguiu com a entrada de Ana Estrella na Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Outros (como Alisson) se preparam para o vestibular – e de alguns mais afastados nem estamos sabendo (p.ex., estes dias tivemos a satisfação de saber que Lando Alves, que batalhou conosco até 2001, está fazendo Psicologia).

Adequadamente, revivemos o Núcleo de Estudos Trópis, nosso espaço de reflexão teórica mais aprofundada, que estava parado desde 2002.

A intenção é encontrar-se uma noite de sábado por mês na Trópis no Monte (a nova casa em São Paulo). Até agora nos reunimos em 25 de março e 20 de maio, as duas vezes para uma revisão de conceitos sobre Inconsciente, Preconceito, Ideologia e Paradigma.


Em 20 de junho entraremos em território mais específico da Filosofia do Convívio, com:
Refinando o “Proibido Proibir”, ou: 
Para uma Revolução Ética viável
, ou: 
Exercícios sobre as possibilidades
do Princípio do Convívio Universal.

Mais sobre esse encontro no alto desta página ou pelo e-mail  rr@tropis.org  

UniversiTropis
Group of Studies

In our 2005 Photo-History we referred to the Tropis people’s ‘assault’ to colleges: suddenly we realized we had 6 people distributed among the Economy, Social Sciences, Philosophy, Geography and Education courses.

In 2006 that went on with Ana Estrella entering the traditional Sao Paulo School of Sociology and Political Science. Some (as Alisson) prepare for the entrance examinations, and we not even know of some that are not that close today (some days ago we were glad to know that Lando Alves, our co-worker until 2001, studies Psychology now).

Accordingly, we decided to revive the Tropis Group of Studies, our space for in-depth theoretical reflection, which was paused since 2002.

We intend to meet one Saturday evening every month in the new Sao Paulo Tropis House. So far we had meetings on 25 March and 20 May, both for a concept revision on the Unconscious, Prejudice, Ideology and Paradigm.

On 10 June we will enter the most specific Co-Living Philosophy territory with
Refining the “It’s forbidden to Forbid”, or:
For a viable Ethical Revolution, or:
 Exercices on the possibilities
of the Universal Co-Living Principle

More about this meeting on the top of this page,
or through the e-mail rr@tropis.org

Núcleo de idéias 
Palestras e produção de textos

Os debates do Núcleo de Estudos estão fazendo ir em frente o ensaio Bendito Eixo no Bendito Caos, o último trecho que falta para Ralf Rickli ‘fechar’ o volume de referência em Filosofia e Pedagogia do Convívio no qual vem trabalhando desde julho de 2005.

A propósito, muitos trechos desse trabalho já se encontram disponíveis em www.tropis.org/biblioteca . Os últimos a serem colocados foram:

• Educação para o Convívio Planetário versus Globalização Alienante – reflexões sobre o congresso sobre Global Learning na Alemanha em 2002

• Pedagogia do Convívio: buscando pistas de
como chegamos a ela 
(complementar à página Foto-História 0)

• Em busca da INTEGRIDADE perdida: para uma educação centrada na Ética no cruzamento sócio-bio-psico – apresentado na III Semana da Educação da FEUSP em 2005

• Mestres humanos ou crias de Frankenstein – crítica e propostas sobre a formação superior de professores


Por outro lado, a preparação da palestra Antes que seja tarde outra vez: por que um futuro digno ainda depende de ouvirmos Marx… & Adam Smith & Fritjof Capra & Rudolf Steiner (apresentada em março no Fórum 100 anos do pensamento econômico e social de Rudolf Steiner) gerou considerável volume de material que Ralf está pensando em reunir em um volume a ser chamado – provavelmente – Eco-Socio-Sofia.

Sobre o trabalho pessoal de Ralf (inclusive o de tradução, como o do recente seminário de Allan Kaplan, autor de Artistas do Invisível)
ver a página http://ralf.r.tropis.org

Ideas nucleus
Lectures and text production

The Study Group’s debates provoked Ralf Rickli
to restart working on the essay Blessed Axis in the Blessed Chaos, the only part still missing in the reference volume on Co-Living Philosophy and Education, on which Ralf has been working since July 2005.

By the way, several parts of that book can already be read at  www.tropis.org/biblioteca . Here the last to be posted (we just translate the titles; unfortunately all of them still exist only in Portuguese):

• Education for Planetary Co-Living versus Alienating Globalizatin – reflections on a Global Learning Congress in Germany, 2002

• Co-Living Education: searching clues to
how we came to it 
(complementary to the Photo-History 0 page)

• In search of the lost INTEGRITY: for an Ethics-centered Education in the socio-bio-psycho crossing – presented at the 3rd FEUSP Education Week in 2005

• Human masters or Frankenstein’s brood – critics and proposals concerning the higher-level teachers formation

On the other hand, quite a lot of material was left over from preparing the talk Before it is too late again: why a worthy future still depends on listening to Marx… & to Adam Smith & Fritjof Capra & Rudolf Steiner (presented in Sao Paulo in March in the Forum 100 years of Rudolf Steiner’s economical and social thought).Ralf is thinking about to bring such material together in a volume to be called – probably – Eco-Socio-Sophy.

About Ralf’s private work (including translation, as the recent Allan Kaplan’s seminar) see
http://ralf.r.tropis.org

Conversações com grupos

• Desde há pouco Ralf Rickli está em contato com o professor alemão Markus Auditor, que prepara uma tese sobre a teoria do Globales Lernen (que Ralf traduz por Aprendizado Planetário) estudando o diálogo Brasil-Alemanha. O diálogo e participação na pesquisa de Markus está aberta (em português) através do site www.dialogo.soluar.net

• A Trópis vem conversando também como o grupo EPARREH – Estudos e Práticas em Agricultura e Reencantamento Humano – constituído por estudantes da USP voltados para projetos agrícolas ecológicos e sociais. Em pauta possíveis parcerias que podem inclusive contribuir para a continuidade do Projeto Oca Mundi (ver abaixo) e a possível reforma da Associação Trópis – ver página Quem Somos.
(O logotipo ao lado e o desenho acima
provêm do material do EPARREH)

• Novos contatos de interesse também têm surgido em Santos e Praia Grande. Mais informações em breve!

Conversation with groups

• Ralf Rickli is since shortly in contact with the German professor Markus Auditor, who prepares a thesis os the Global Learning Theory, considering especially the Brazil-Germany dialogue. Exchange with Markus is open through www.dialogo.soluar.net


• 
Tropis is also in conversation with EPARREH – Studies and Practices in Agriculture and Human Reenchantment – a group of USP students interested in ecological and social agricultural projects. The conversation is focused on a possible partnership which could contribute to the continuity of Oca Mundi Project (see further on)  and even to the desired reform in the Tropis Association structure – check that in the Who We Are page.
(The logo and the drawing above
come both from EPARREH Group’s materials).

• New interesting contacts are coming about also in Santos and Praia Grande. More soon!

Pausa no Projeto OCA MUNDI

Francis Edmunds, fundador do Emerson College, narrava que ao completar 40 anos considerou-se pronto para abrir o centro de educação de adultos que era o grande projeto da sua vida. Pôs-se em ação, e o abriu de fato ao completar 60 anos. 

Essa é a razão de ilustrarmos este item com uma foto tomada em 1981 nos jardins do Emerson College, hoje com 44 anos de funcionamento ininterrupto. 

Começar os trabalhos nos 2 hectares da Área 2 depende de um grupo forte com disponibilidade total e de um bom número de parcerias sólidas – condições que ainda não aconteceram.

A própria ASACAR deixou de lado por enquanto seus projetos para essa área de que é proprietária – e ao mesmo tempo solicitou que o imóvel que ocupamos seja devolvido ao final do contrato (agosto próximo).

A presidente da ASACAR, Sra Alair Rodrigues, garante que a Área 2 continua à disposição – porém o contexto total leva inevitavelmente a questionar mais uma vez se tal área é de fato a mais apropriada para o nosso futuro centro de Reencantamento da Educação.

Para uma explicação sobre as áreas em questão
e as características do projeto, ver http://ocamundi.tropis.org

Clique AQUI para ler sobre
a outra pausa estratégica na Trópis hoje

OCA MUNDI Project paused

Francis Edmunds, the founder of Emerson College (England), used to tell that when he was 40 he felt ready to open the adult education centre that was his great life project. He started acting, and got to really open the doors when he was 60. 

That is the reason we illustrate this item with a picture taken in 1981 at the gardens of Emerson, which has been working continually for the last 44 years.

To start working on the 2 hectares of Area 2 depends on having a strong exclusively dedicated group, and quite a number of steady partnerships – conditions that have not happened so far.

ASACAR itself has left aside its own projects for this area it owns – and on the other hand asked us to give back the plot we are using as soon as the present contract is over (coming August).

ASACAR’s president Ms Alair Rodrigues assures they are still interested in Tropis going to Area 2 – but the general context  makes us ask once again whether such area is indeed the most adequate for our future Education Reenchantment Center.

For an explanation of the areas involved,
as well as the project characteristics, see http://ocamundi.tropis.org

Click HERE to read about
the other strategic pause of Tropis Today

Novos micros, novo Cyber Café… quando? onde?

Em 2002 a Rede Jovem apoiou a criação do Cyber Café da Trópis em São Paulo – fechado depois pelo arrombamento e furto dos 8 micros (ver Foto-História 3).

Há poucos meses, agora, a Rede Jovem conseguiu para a Trópis vários micros cedidos pela American Express (não exatamente novos, porém sim úteis!) para abirir uma ou duas salas de internet como aquela.

Acontece que… a nova casa de São Paulo não dispõe de espaço para isso, e o sinal de banda larga não chega até o nosso endereço atual em Praia Grande – sem falar que teremos mesmo que nos mudar daqui em breve!

Mas estamos ansiosos para retomar essa frente. Se você tem idéias ou outro tipo de contribuição para isso, por favor entre em contato! 

New computers, new Cyber Café
– when? where?

In 2002 Rede Jovem helped us open a Cyber Café in Sao Paulo- see Photo-History 3) passed on to us several computers that had been given away by Sao Paulo’s American Express (not exactly new, but no doubt useful), aiming at opening one or two internet access rooms according to that same model.

Yet… the new Sao Paulo house has no space for that, quick internet do not reach our present Praia Grande house – and we will have to leave it soon, anyway.

But we are indeed anxious to restart this front of our work! If you have any ideas or other contributions in this sense, get in contact, please!

Mais uma mudança no horizonte!

Alguns podem pensar que o pessoal da Trópis se muda porque gosta de se mudar – mas garantimos que não é de bom grado que empacotamos de novo, a cada vez, os 3 a 4 mil volumes da nossa Biblioteca!

São razões diferentes, a cada vez, o que tem nos levado a isso – mas por trás está evidentemente o fato de que a Trópis ainda não encontrou o local e os parceiros certos para gerar para si uma séde adequada e estável.

Não queremos abrir mão dessa grande conquista que é ter um espaço fora de São Paulo, porém a ASACAR, proprietária da área utilizada atualmente, comunicou que não pretende renovar o comodato no vencimento do acordo original, em agosto, pois necessita do imóvel para outros fins.

Como será a nova casa e a nova cara que a Trópis terá que assumir com isso…  depois de já tantas – como você pode ver nas cinco recém-lançadas páginas da nossa Foto-História?

Se você suspeita que pode ter razões para conversar conosco sobre isso, NÃO HESITE: ENTRE EM CONTATO!

comunic@tropis.org

Another move in our horizon!

Some may think that Tropis people like to move here and there with all their things… but we assure that it is not willingly  that we pack again, every time, the 3 to 4 thousand volumes of our library!

Different reasons have led us to that, at every time – but behind all those reasons it is obviously the fact that Tropis has not yet met the right place and right partners so to generate a really adequate seat for itself.

We definitely do not feel like giving up the enormous step that is to have conquered a space outside of Sao Paulo – but ASACAR, the owner of the area we use presently, has informed us they do not intend to renew the area’s commodatum in August, as they intend to use the area for other activities .

How will be the new house and the new face Tropis will have to take on with that… after so so many – as you can see in our five just released Photo-History pages?

If you just suspect you may have reasons to talk with us about that, DO NOT HESITATE:
GET IN CONTACT!

comunic@tropis.org

último minuto
15.05.2005: São Paulo debaixo de fogo

Esta página estava pronta para ir ao ar – e eu para viajar de Praia Grande para São Paulo… quando soube que essa cidade estava paralisada, em pânico diante dos ataques em massa de uma organização criminosa, em que – por exemplo – mais de 60 ônibus haviam sido incendiados.

Também dentro da favela onde cresceu boa parte dos jovens da Trópis houve ataques e assassinatos, mostrando que se trata de uma força distribuída capilarmente por todos os níveis da sociedade. (Mais sobre esse ponto será comentado em outra ocasião, na página Torpedos Tropeiros).

Creio que nunca vi a mim mesmo nem a meus amigos num estado de perplexidade comparável. E veio a questão: adianta pôr no ar nosso trabalho artesanal, diante de uma realidade tão maciçamente brutal? 

LAST minutE
15 May 2006: Sao Paulo under fire


This page was ready to be posted – and I ready to travel from Praia Grande to Sao Paulo… when I heard that the city was paralyzed, in panic before a criminal organization mass attacks which – just for instance – had set over 60 city buses on fire. 

There were attacks and murders also within the slums quarter where a considerable part of the Tropis youths grew up, showing that the attacking force is in a capillary distribution throughout all levels of society. (We will have more to speak of that later, in the Tropisian Torpedoes page). 

I believe I have never seen neither myself nor my friends in a comparable state of perplexity. And the question came: is there any use to publish our handicraft-like work, in face of such a massively brutal reality?

Não temos como saber.
Mas há algumas coisas que sabemos
que queremos reafirmar neste momento:

Primeiro, que não vemos nada de revolucionário no crime; ao contrário: sua natureza é precisamente a mesma de toda opressão e/ou exploração, das quais parte é legalizada nas sociedades modernas, atuando tanto através das estruturas do Estado quanto através do Setor Privado.

Tolstói dizia que a diferença entre violência oficial e violência revolucionária é a mesma que entre cocô de cachorro e cocô de gato. 

Não mencionou aí a violência privada – e o crime é inegavelmente uma forma de iniciativa privada na violência. 

E tenho sinceramente a impressão de que, por ser exercida em interesse próprio, a violência privada – quer a não-legalizada do crime, quer a da opressão pela exploração econômica legalizada – seja de todas essas merdas a que fede mais.

Segundo: tudo isto reaviva em nós a consciência de que o trabalho da Trópis e as idéias do Convivialismo são esforços na direção de desenvolver novos fundamentos para o convívio humano, e portanto para a estruturação da sociedade, que superem qualitativamente, tornando sem sentido, os falsos dilemas que ainda emperram a nossa evolução social. 

Para nós naturalmente surge também a pergunta: esses acontecimentos terão alguma conseqüência no futuro da Trópis? Nas decisões que temos que tomar?

É claro que não sabemos: são perguntas que fazem parte deste momento de perplexidade!

O que queremos neste instante é apenas concluir esta página chamada Trópis HOJE com duas transcrições de certa forma relacionadas: 

• uma da Folha de S.Paulo de hoje (Folha OnLine)

• outra da nossa página Foto-História 3

We cannot know.
But there are some things we know
we want to reaffirm in this moment:

First, that we see nothing revolutionary or libertarian in crime; on the contrary: its nature is precisely the same as that of all oppression and/or exploitation, part of which is legalized in the modern societies, acting through both the State’s and the private sector’s structures.

Tolstoi said the difference between official violence and revolutionary violence is the same as between dog and cat excrements.

In that moment he did not mention private violence – but crime is undeniably a form of private initiative in violence.

And it is my impression in all sincerity that, for being exerted in one’s own interest, private violence – both the non-legalized violence of crime and the legalized oppression by means of economical exploitation – is the utmost stinking of all such shits.

Second: all these things kindle again in us the awareness that the work of Tropis and the Co-Living ideas are efforts towards the development of new fundaments for human meeting and therefore for the whole construction of society – fundaments that must surpass qualitatively, turning them senseless, our false dilemmas that keep social evolution stuck.

And for us it comes also to the question: will these happenings have consequences for the future of Tropis? For the decisions we have to take?

Of course we cannot answer. These are questions that belong to the whole perplexity of this moment.

What we want now is just to close this page
called Tropis TODAY with two somehow related quotations:

• one from today’s Folha de S.Paulo newspaper

• another from our Photo-History 3 page

SÉRGIO DÁVILA, da Folha de S.Paulo, em Washington

Ataques como os do fim de semana devem ocorrer de novo e só podem ser evitados se as elites políticas brasileiras e o governo do país contra-atacarem no campo social, não no criminal.

Polêmica, essa é a opinião de um especialista no assunto: Loïc Wacquant, 46, professor de sociologia da Universidade da Califórnia em Berkeley e pesquisador do Centro de Sociologia Européia em Paris.

Francês, ganhador do prêmio da Fundação MacArthur, o “prêmio dos gênios”, ele estudou no Brasil as desigualdades sociais, o sistema carcerário e o judicial, visitas que renderam livros como “As Prisões da Miséria” (Jorge Zahar, 2001), “Punir os Pobres – A Nova Gestão da Miséria nos EUA” (Freitas Bastos Editora, 2001) e “As Duas Faces do Gueto” (sai em setembro pela Boitempo Editorial).

A seguir, os principais trechos da entrevista à Folha:

Folha – Por que a situação em São Paulo chegou a esse ponto?

Loïc Wacquant – Porque nas últimas décadas as elites políticas brasileiras têm usado o estado penal –polícia, tribunais e sistema judiciário– como o único instrumento não só de controle da criminalidade como de distribuição de renda e fim da pobreza urbana.

Expandir esse estado não fará nada para acabar com as causas do crime, especialmente quando o próprio governo não respeita as leis pelas quais deve zelar: a polícia de São Paulo mata mais que as polícias de todos os países da Europa juntos, e com uma quase impunidade. Os tribunais agem sabidamente com preconceito de classe e raça. E o sistema prisional é um “campo de concentração” dos muito pobres. Como você pode esperar que esse trio calamitoso ajude a estabelecer a “justiça”?

A manutenção do que chamo de estado penal só faz com que a violência institucionalizada alimente a violência criminosa e faça com que as pessoas tenham medo da polícia.

위로 스크롤