Projeto OCA MUNDI

Óca (tupi) + Múndi (latim) = casa do mundo.

Na Trópis, desde 1995, OCA é também 
O
ficina de Conhecimento & Artes, um trabalho de
renovação social, cultural, educacional e ética
iniciado por um pequeno grupo em uma pequena casa
da periferia de São Paulo. 

OCA MUNDI representa assim a ampliação dessa iniciativa
com a participação de mais seres (pessoas,
grupos, rios, árvores… 
 você?)
até a dimensão mundial.

Neste momento já estão participando oficialmente, com a Trópis,
VNB União de Iniciativas Educacionais e a Bingo Lotto de Niedersachsen (Alemanha)Sociedade de Amor à Criança Arcanjo Rafael e o Projeto Salva Selva (Santos) – e outros se preparam para isso.

Raízes

A compreensão do Oca Mundi fica mais rica se você conhecer as idéias-chave da Trópis:
• O que esse nome tem a ver com barcostrópicosponto de mutação?
• Se o trabalho visa a sociedade inteira, por que a ênfase nos jovens?
• O que são a Filosofia e a Pedagogia do Convívio?

Para isso, sugerimos que você visite (agora ou depois) a página www.tropis.org/keys.html
(alguns Conceitos-Chave na abordagem da Trópis).

Para um breve histórico e dados factuais da Trópis, consulte www.tropis.org/quemsomos.html

Prazo

Projeto Oca Mundi foi lançado em 01.11.2003
no Encontro de Todos os Santos,
na séde provisória da Trópis em São Vicente, SP.

Sua Fase I terá início em 05.01.2004, viabilizada pela VNB
(federação de 50 iniciativas autônomas de educação de jovens e adultos da Baixa Saxônia)
,
com verba da Bingo Lotto 
– a Loteria do Ambiente – desse mesmo Estado alemão,
e com um prazo de realização de 7 meses.

Novas fases do projeto poderão ser iniciadas ainda durante a execução da Fase I,
num imbricamento orgânico, dependendo apenas da negociação das parcerias necessárias.

Como um todo, o Projeto Oca Mundi é concebido como um processo em espiral,
ilimitado no tempo; prazos correspondem apenas às diferentes fases e metas parciais.

Campos

Projeto Oca Mundi pode ser descrito como a intersecção de 5 campos, 4 dos quais representados no esquema a seguir:

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Campo 1: PROGRAMAS PARA JOVENS (sigla internacional: YP)

Incluem a manutenção das atividades tradicionais da Trópis …

      • Oficinas de Conhecimento & Artes  • Biblioteca  • CyberCafé  • República  etc.

… sua expansão através de cursos de maior prazo …

      • Formação de Agentes de Cidadania Universal 

… o reforço das dimensões ambiental e inter-cultural 

      • esta com o aumento do intercâmbio tanto com outros continentes
(p.ex. Europa e África) quanto com comunidades indígenas da região •

… e ainda de preparação para a nova realidade do trabalho

      • p.ex. empreendedorismo cooperativo.

O objetivo é colocar caminhos para o desenvolvimento individual-e-social (um jamais existe sem o outro!) ao alcance de jovens de qualquer nível sócio-econômico – o que, na realidade estatística brasileira, adquire caráter claramente compensatório.

Apesar de este ser o cerne do trabalho da Trópis, não há dotação para YP na Fase I do Projeto Oca Mundi:
• as atividades já existentes (hoje apoiadas principalmente pela Associação Tobias)
correrão paralelamente (o que será mais efetivo com a expansão dos apoios!)
• os passos de expansão virão com a definição de apoios para novas fases.

Campo 2: PROGRAMAS PARA EDUCADORES (sigla internacional: EP)

Este campo foi pensado basicamente como preparação para educadores dos Programas de Jovens (YP) …

… bem como um enriquecimento para qualquer educador ou agente social, formal ou informal, atuando em qualquer instituição ou mesmo por iniciativa própria…

… e ainda como um ‘grau superior’ para jovens que já passaram pelos YP e (o que não é raro) querem passar adiante o que receberam, tornando-se eles mesmos educadores sociais.

A experiência nos mostra, além disso, que raramente a experiência dos educadores participantes é respeitada em cursos sobre Educação, o que é um terrível despedício, além de afastar tais cursos da realidade. Por essa razão, os EP foram concebidos como cursos-fórum, com ampla oportunidade de intercâmbio não-impositivo de experiências e de conhecimentos prévios oriundos das mais diversas fontes.

Isso definiu mais uma finalidade do Projeto: Oca Mundi como fórum para os mais diversos assuntos – pluralista, não-hierárquico, não-burocrático – aberto a pessoas que assumem os assuntos da humanidade como seus, com interesse e responsabilidade – o que, no nosso critério, já as inclui no campo dos educadores sociais.

A Fase I dá porém apenas um leve ’empurrão’ nos EP (6% do seu orçamento), com o qual não é possível realizar cursos de maior prazo. Por enquanto tais recursos ajudarão a viabilizar alguns grupos de estudos, oficinas e/ou encontros em Reencantamento da EducaçãoComunicação Interpessoal e Intercultural Eco-Construção (estes com prática no BP).

Campo 3: PROGRAMA DE CONSTRUÇÃO E USO DO SOLO (sigla internacional: BP)

Este é o campo de maior ênfase da Fase I (67% do orçamento), pois visa criar a base física mínima indispensável para as fases subseqüentes. Mais detalhes adiante.

Campo 4: FRENTE DE MÍDIAS (sigla internacional: MF)

Também chamada Programa de Documentação e Publicação, inclui a documentação e divulgação dos diferentes programas, bem como a produção e publicação de materiais didáticos e/ou teóricos adequados,
seja na Internet, no papel ou em outros meios. 

Devido à atual carência de materiais adequados, conta com 10% do orçamento da Fase I.

Campo 5: GERAÇÃO DE RENDA (sigla internacional: IG

Este campo visa auxiliar na manutenção geral do Projeto ou de seus diferentes grupos – inclusive grupos cooperativos que venham a se formar futuramente nos YP. Devido à situação específica, um filão de especial interesse será o recepetivo em turismo ecológico, educativo e cultural.

Este campo não é contemplado na Fase I – e por isso mesmo estamos abertos desde já ao diálogo com potenciais apoiadores e parceiros.

Qualquer lugar que permita uma passagem relativamente rápida entre o mundo urbano-metropolitano e o mundo natural poderia abrigar o Projeto Oca Mundi – porém o local que se ofereceu é efetivamente privilegiado, tornando-se em si uma das razões de interesse do projeto. 

São 2 áreas (I e II) pertencentes à parceira ASACAR – Sociedade de Amor à Criança Arcanjo Rafael (com séde em Santos e mantenedora de três creches em três municípios da região). Está previsto o remanejamento do status de posse de parte dessas áreas, e há possibilidade de que mais áreas se agreguem por meio de outros parceiros.

A Área II é contígua à do Projeto Salva Selva, de iniciativa da própria ASACAR, o qual visa a proteção de 80 hectares de mata, mangues, rio e encosta nos municípios de Praia Grande e São Vicente – uma paisagem surpreendentemente ‘amazônica’ a apenas 5 Km de uma grande rodovia, 8 Km da orla da praia e 70 Km de São Paulo.

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Área do Projeto Salva Selva, contígua à área II do Oca Mundi, em dezembro de 2003.
Abaixo, localização da área em mapas e fotos (um pouco desatualizados).

A Área I dista apenas 2000 m da Área II – e já é parte do tecido urbano de Praia Grande e – com isso – da Região Metropolitana da Baixada Santista, aglomerado com 1 milhão e meio de habitantes permanentes, 3 a 4 milhões nos feriados de verão.

Praia Grande, que tem 200 mil habitantes permanentes e passa de um milhão no verão, depende quase totalmente desse turismo sazonal. Não é difícil imaginar o problema que é o desemprego entre os jovens, e o fato de que tantos se envolvam com o crime por pura falta de perspectivas. 

página com dados estatísticos e indicadores sociais de Praia Grande e da Baixada será acrescentada no correr do Projeto

Trata-se portanto de um riquíssimo microcosmos: num raio de poucos quilômetros têm-se…
• mata quase impenetrável
• a pesadíssima concentração industrial de Cubatão
• o porto, as universidades e o comércio sofisticado de Santos
• a orla de Praia Grande com sua interminável linha de prédios vazios a maior parte do ano!
• uma juventude local ansiosa por perspectivas
• um local de acesso facílimo mas extremamente diferente para quem vem ‘do mundo’ através de São Paulo.

Abaixo, imagens da Área I, olhando na direção da Área II (primeira linha)
e na direção da cidade e do mar (segunda linha). Na foto com o grupo, a
pessoa sentada é a Sra. Alair Rodrigues, fundadora e presidente da SACAR.

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Estratégia de instalação

Intervir na Área II exige extremo cuidado e sutileza: o pouco que for construído deve aproveitar clareiras já existentes, e mostrar integração com o local já a partir do desenho. Um dos principais objetivos é justamente a demonstração de possibilidades de convívio não-destrutivo entre ser-humano e natureza. 

A prioridade da Fase I será porém a Área I, contígua à creche da SACAR, o que permitirá a instalação total da Equipe e equipamentos da Trópis na região, e o envolvimento entre população local, projeto e equipe – a partir do quê será possível começar a intervenção na Área II passo por passo, com todo cuidado.

É importante frisar que:
• a contrução na Área I também buscará ser cuidadosa do ponto de vista ecológico – o que para nós inclui uma estética diferenciada – e inventiva do ponto de vista econômico, de modo a ser um exemplo útil às populações locais;
• a Área II não estará deixada de lado na Fase I: estarão sendo feitos estudos e cuidadosas intervenções de infra-estrutura básica. 

mais detalhes sobre as construções serão colocados no saite assim que possível

Oca Mundi
como pólo de cooperação

Projeto Oca Mundi nasceu com uma imagem no horizonte: a de uma
Universidade Aberta do Reencantamento da Educação e do Convívio Universal
– um nome longo, que talvez nunca venha a ser usado assim… 
porém que expressa perfeitamente o seu ideal.

Isso não significa que a Trópis sonhe assumir, sozinha, uma dimesnão de universidade. Pensadas eco-socialmente, organizações nunca deveriam ser muito grandes: melhor ter cachos de pequenas instituições atuando em cooperação, e ao mesmo tempo conservando diferenças enriquecedoras (ideodiversidade ou noodiversidade, análoga à biodiversidade).

Isso significaOca Mundi deve ser pensado desde o começo como pólo de cooperação, ligado ainda a uma ampla rede de conexões.

Em 01.11.2003, no lançamento público do Projeto, pudemos apresentar o seguinte quadro de conexões existentes e/ou prováveis:

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Cabe observar:

Em relação à Universidade para a Paz / ONU a Trópis apenas participou do 1.º fórum – uma semana antes do Encontro de Todos os Santos – e se dipôs a colaborar ativamente nos passos seguintes. Trata-se por enquanto mais de uma convergência de propósitos do que de intenções concretas.

Por outro lado, no próprio Encontro de Todos os Santos surgiram novas conexões ricas de perspectivas, como:
• ALIA – Associação Libertária da Infância e Adolescência (Santos)
• CBCNV – Centro Brasileiro para Comunicação Não-Violenta (base no Rio)
• Ellerni comunidade de aprendizado (base em São Paulo). 

Nossos boletins trarão as novidades quanto a isso no correr de 2004.

é possível juntar forças?

Sem dúvida, e de muitas formas (simultâneas ou não):

• como Organização Participante
disposta a trazer à mesa recursos, contatos, esforços etc.
(ver logo abaixo Cooperação como Desafio)

• como Organização Apoiadora ou Apoiador Individual
para diferentes fases, programas, sub-projetos:

A Bingo Lotto Niedersachsen, através da VNB, garantiu parte da Fase I,
com boas perspectivas de continuar apoiando novas fases…

 porém o pleno desenvolvimento das possibilidades do Projeto só será alcançado
com um amplo e diversificado leque de apoiadores. 

Isso pode significar dotações ou doações
  – em dinheiro
 em materias de construção e outros
– em itens domésticos
– em serviços profissionais etc. 

• como Voluntário
ou como Colaborador Remunerado a custo reduzido (doação parcial)
em diferentes áreas (converse conosco sobre as possibilidades)

• de outros modos a descobrir – e o melhor modo de descobrir é conversando! 

Contato:
• contato@tropis.org 
• fone (13) 3464-6397 
(Ralf Rickli, coordenador)

O novo endereço em Praia Grande (na Av. Clodoaldo Amaral) será divulgado em fevereiro ou março.
Os demais dados atuais se encontram em www.tropis.org/quemsomos.html .

cooperação como desafio

Sem dúvida cooperar é o que há de mais necessário e desejável!

… mas nenhum dos participantes está iludido de que seja fácil!

É provavelmente o maior desafio ao desenvolvimento individual-e-social da humanidade,
e se há tão poucos exemplos com certeza não é que ninguém tenha tido a idéia antes!

PARTICIPAR SIGNIFICA ASSUMIR RESPONSABILIDADES

Se você tem interesse, isso é uma satisfação para nós,
porém é importante ter claro:

• Nem a Trópis nem os demais parceiros têm nenhuma obrigação de aceitar a participação de nenhuma organização ou pessoa. Tal participação só será acordada se houver consenso depois de conversações e da participação ativa em atividades que levam ao amadurecimento-em-conjunto, num processo necessária e intencionalmentemente lento.

• Sugerimos que comece por ler o seguinte material relativo à cooperação:
www.tropis.org/biblioteca/condi-cooper.html – bem como outros textos do saite www.tropis.org – perguntando-se se há real harmonia com esses objetivos e maneiras de ver e agir.

Se houver, mesmo assim não vai ser fácil… mas será uma alegria tentar! Seja bem-vindo!

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