todosossantos031101

Relato sobre o
Encontro de Todos os Santos
acontecido em São Vicente em 01 de novembro de 2003
a convite da 
Associação TRÓPIS

1. pessoas e instituições presentes

2. a proposta do convite

3. parte a: a Trópis e o Projeto Oca Mundi

4. parte b: Cooperação Inter-Iniciativas
(se está sem tempo veja direto esta parte…)

5. decisões. o ‘grupo todosossantos’

6. novos participantes?

1. pessoas e instituições presentes

 

Domingos Stamato

Maria Izabel Calil (também UNISANTOS etc.)

Eliana Cléia dos Santos (também APECA, Secr.Saúde Santos etc.)

Assoc. Libertária da Infância e Adolescência (ALIA)
Santos

João Carlos G. da França

Thamires Leite de Lima

Centro CAMARÁ
São Vicente

Dominic Barter (Inglaterra)

CNVBrasil (Comunicação Não-Violenta)
Rio de Janeiro

Alexandre Ferraz de Oliveira

Edgard Gouveia Júnior

Mariana Gauche Motta

Rodrigo Rubido Alonso

Rubén Urbieta

Instituto ELOS
Santos

Irene Penteado Cotrim

Projeto Cooperação
Santos

Eliane Ferreira Pimenta

Projeto Mudando a História
Santos

Alair Rodrigues (Nena)

Eduardo Lustoza (também
Associação dos Engenheiros, Fundação Quasar etc.)

Sandra Tioma Lustoza (com a pequena Amanda)

Sociedade de Amor à Criança Arcanjo Rafael (SACAR) Santos +

Projeto Salva Selva
Praia Grande / São Vicente

Ana Estrella L.R. Vargas (S.Paulo)

Alexandre Vaz

Alisson Alves

Carlinhos dos Santos

Cintia Nuspl Oliveira

Du Coutinho

Free Nuspl

Gil Marçal (também da Secretaria Muncipal de Cultura de S.Paulo)

Gunnar Vargas (também CEU Cidade Dutra, S.Paulo)

Marcelo Estraviz
(S.Paulo – tb Secretaria de Governo / SP e outras iniciativas)

Paula da Paz

Peu Pereira (também Ass. Monte Azul / S.Paulo)

Ralf Rickli

anfitriã:
Associação TRÓPIS
São Vicente / S.Paulo /
futuramente Praia Grande

 

2. a proposta do convite

O convite foi enviado a inúmeras pessoas atuantes na iniciativa civil de interesse social, principalmente na Baixada Santista, especialmente as envolvidas em campos e temas afins aos da Trópis: necessidades dos adolescentes e jovenscultura da cooperaçãorenovação da educaçãorepensar a sociedade etc.

Com seriedade mas não sem humor, aproveitamos a data (01/11, Dia de Todos os Santos) para um nome representativo de diversos valores e aspirações do Encontro:

  • pluralismo: todos os diferentes santos, diferentes culturas, crenças e descrenças, características, modos de atuar…

  • idealismo: podemos não ser, ou nem pretender sermos santos, porém se realmente nos dedicamos ao social temos que ter algo em comum com eles: um ideal, e a disposição (ou loucura…) para persegui-lo, se necessário até o nível do heroísmo…

  • todas as Santos: todas as regiões da Baixada Santista, inclusive São Vicente, ilha de Santo Amaro etc…

  • a capacidade de realizar milagres – desejo que (acreditamos) dispensa maiores explicações!

A proposta foi ainda de um encontro “dois em um”, com as seguintes partes e objetivos:

  • Parte A: apresentação da Trópis e da sua abordagem (por ser nova na região), bem como do seu Projeto Oca Mundi, que deve envolver forte cooperação entre iniciativas

  • Parte B: debater as possibilidades da cooperação entre instituições (ou iniciativas), sobretudo no enfrentamento de questões que parece na ordem do dia de todas: os desafios administrativos, burocráticos, contábeis e de captação de recursos.

Mesmo com a ausência de diversos convidados, o comparecimento e a participação foram altamente significativos. As bolachinhas efetivamente trazidas por muitos convidados para compartilhar (junto com o chá e café oferecidos pela Trópis) são um bom símbolo do espírito de cooperação concreta que se fez presente! 

Para as decisões e resultados imediatos, veja o ponto 5 abaixo.

 

3 (parte A): apresentação da Trópis e do Projeto Oca Mundi

Começamos com uma auto-apresentação rápida dos participantes – ainda sem os do Instituto Elos e Dominic Barter, que estavam em outro evento e vieram mais tarde.

A apresentação feita em seguida por Ralf Rickli, coordenador geral da Trópis, foi basicamente a que se encontra em www.tropis.org/ocamundi – complementada por Eduardo Lustoza, da SACAR, proprietária da área de terra em Praia Grande que está sendo disponibilizada para o Projeto Oca Mundi.

Complementando, a Trupe da Trópis mostrou a performance apresentada originalmente em 24.10.2003 no Fórum pela Implantação da Universidade para a Paz / ONU (SESC Vila Mariana, São Paulo), consistindo de: 

  • texto Carta aos Homens Honestos (à disposição no saite da Trópis) interpretado por Alisson Alves

  • improvisações à gaita por Peu Pereira

  • músicas Reggae (Legião Urbana), Ogun (Gunnar Vargas) e Patuscada de Gandhi (Gilberto Gil), interpretadas por Paula da Paz (voz) e Du Coutinho (violão). (Informações sobre o trabalho musical de Paula da Paz e o de Gunnar Vargas em www.tropis.org/provisorio )

 

4 (parte B): o debate sobre Cooperação Inter-Iniciativas

A parte B começou com a apresentação dos arquitetos do Instituto Elos e seu convidado Dominic Barter, que desenvolve trabalhos na área da Comunicação Não Violenta, como proposta por Marshall Rosenberg.

Como instigação, Ralf Rickli fez uma breve apresentação baseada nas idéias contidas nos seguintes dois textos, distribuídos no momento e também disponibilizado na net como parte deste relatório – pois o relato dos debates não faz muito sentido sem o conhecimento do seu teor:

  • Texto 1: ALGUMAS IDÉIAS SOBRE A COOPERAÇÃO-EM-REDE ENTRE INSTITUIÇÕES
    >>> www.tropis.org/biblioteca/pro-redes.html 

  • Texto 2: ALGUMAS CONDIÇÕES VITAIS PARA A COOPERAÇÃO
    >>> www.tropis.org/biblioteca/condi-cooper.html 

Nesse momento os representantes da SACAR precisaram se retirar, e a palavra foi deixada aberta.

Não foi feito registro escrito dos debates, portanto as anotações abaixo são de memória, extremamente incompletas. Se você esteve presente e acha que pode complementá-las, por favor envie suas observações para rr@tropis.org, e elas serão incluídas em poucos dias!

  • O Ponto 8 do Texto 1 diz: “Em conjunto (de modo cooperativo) pequenas entidades poderiam contratar o serviço de profissionais experientes – pois do mesmo modo como não se devem entregar os anos iniciais da escola aos professores novatos, não se deveria entregar a administração de instituições frágeis a estagiários ou profissionais inexperientes”. Ao apresentá-lo Ralf Rickli declarou discordar neste ponto de seu amigo e conselheiro da Trópis Marcelo Estraviz, que costuma defender a atuação de estagiários no 3.º Setor.

  • Marcelo abre o debate fazendo a defesa do seu ponto. Eliane Pimenta, que não o conhecia, diz apoiá-lo, pois sua experiência com o curso 3S, ministrado por membros da Júnior Pública / FGV (estudantes e estagiários de administração) havia sido excelente. Marcelo revela estar envolvido na concepção desse curso. Isso naturalmente trouxe forte apoio às possibilidades contidas na sua proposta.

  • Ralf admite que há lugar para essa abordagem – inclusive porque há diferentes níveis de competência e experiência entre estagiários -, porém também para outras abordagens, que não precisam se excluir mutuamente.

  • Eliane expressa também sua surpresa positiva por ver que o Encontro estava reconhecendo a importância da atuação dos profissionais administrativos para o sucesso do 3.º Setor, assunto de sua especial preocupação. Rubén Urbieta traz mais exemplos e argumentos em reforço. Marcelo aponta que muitas vezes o que faz a grande diferença é uma boa secretária, não necessariamente um(a) administrador(a).

  • Rubén estende as possibilidades da cooperação entre instituições também a compras em conjunto.

  • João Carlos França (do Camará) expressa seu cansaço de trabalhar em meio a estruturas sociais e políticas nada dispostas a compreender e apoiar trabalhos socialmente renovadores, e sua satisfação por estar em um círculo de liberdade, confiança e compreensão.

  • Maria Izabel (Bel) Calil e Domingos Stamato (da ALIA) reforçam a fala de João Carlos. Lembrando que as questões práticas inevitáveis costumam nos afastar de encontros humanamente ricos e prazerosos, mostram como neste caso o enfrentamento dessas questões práticas de interesse comum será um meio de garantir que nos concedamos o encontro humano.

  • Bel Stamato [e outros?] expressam sua aposta na continuidade do processo iniciado no Encontro, até mesmo para enfrentar o desafio da captação de recursos em conjunto (considerado extremamente difícil no Ponto 10 do texto 1).

  • Entre várias contribuições de interesse, Edgard Gouveia Júnior (do Elos) menciona seu questionamento sobre se agentes sociais devem permanecer muito tempo envolvidos com as comunidades que buscam apoiar, ou apenas contribuir com um impulso e se retirar; usa a imagem da clara do ovo, que não é um fim em si, mas está a serviço da gema. Marcelo Estraviz diz que soma clara e ovo, e olha para o resultado dessa soma (o pinto). Ralf reforça dizendo que pessoalmente é hoje tão sem bens e renda como a população com que trabalha, portanto não vê a divisão entre assistidos e assitidores, e sim uma luta por um projeto comum para a sociedade.

  • Houve consenso em dar continuidade às discussões e ao processo de convívio iniciados (ver Ponto 5 abaixo).

Reforçamos nosso pedido de que nos sejam enviados complementos a estas anotações!

 

5. decisões. o ‘grupo todosossantos’

CONTINUIDADE EM GERAL:

Os presentes aprovaram rapidamente e por unanimidade dois recursos, complementares entre si, para dar continuidade aos processos iniciados neste Encontro de Todos os Santos: Encontros Mensais e Grupo de Internet.

Os Encontros Mensais devem ter lugar no primeiro sábado de cada mês, em princípio às 16 h, cada vez no espaço de uma das iniciativas envolvidas (possíveis exceções a combinar a cada encontro).

Grupo de Internet ficou com o nome todosossantos e foi criado já no dia seguinte dentro do domínio tropis.org.

Foi proposto também, já através da Internet, que se procure seguir a estrutura básica do Encontro fundador: parte da reunião como apresentação da instituição, parte como debate de temas em comum (como a Cooperação Inter-Iniciativas).

PRÓXIMO ENCONTRO:

A próxima reunião ficou marcada para 06/12/2003, na ALIA (a 3 quarteirões da praia do Gonzaga, em Santos). Inicialmente falou-se de 16 h, porém depois percebemos a coincidência com o dia crucial dos debates da Conferência Metropolitana de Cidadania, de manhã e de tarde no SESC Santos.

Propôs-se assim que desta vez o encontro seja menos de debates sistemáticos e mais de confraternização, por volta de 20:30 ou 21 h, na ALIA.

 

6. novos participantes?

Você se identifica com os temas e com o espírito do grupo, gostaria de participar mas não esteve nesse primeiro encontro? Ou conhece alguém nessa situação?

O grupo nem teve tempo de falar sobre isso nesse primeiro encontro! É meu entendimento (Ralf) que o grupo continua aberto.

Porém como sua continuidade foi decidida coletivamente, creio que, no caso do Grupo de Internet, o ideal é que você expresse seu interesse pelo meu e-mail pessoal rr@tropis.org e eu o apresente ao grupo.

No caso dos Encontros, creio que qualquer um dos participantes atuais pode trazer novos ‘candidatos’, e no próprio Encontro se descobrirá ‘se o santo cruza’. (O que é bem provável, pois num grupo pluralista só não se tolera a intolerância e a impostividade!).

Os já participantes concordam com a posição acima? Se tem comentários de qualquer tipo, coloquem no ‘todosossantos’!

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